Primeiras impressoes da India

Bom. Depois de tanto esforco, finalmente chegamos na India. Esperavamos que a chegada fosse um pouco estressante, ja que todos os guias avisam sobre todos os tipos de malandragens que, principalmente os taxistas, fazem com os turistas.

Mas, ao contrario do que imaginavamos, a chegada foi bem tranquila. Fomos parados pela alfandega, que so nos perguntou da onde vinha nosso voo e se tinhamos alguma coisa para declarar. Satisfeito com a nossa resposta, o funcionario nos liberou sem checar as malas (gracas a Deus, porque eu estou carregando praticamente uma farmacia inteira comigo).

Logo depois, fomos a uma empresa de taxis pre-pagos e acertamos um taxi para chegar ate o hotel.

O transito aqui e um capitulo a parte. Eh tao, mas tao caotico, que por mais que eu descreva voces nao vao entender. Pra comecar, ninguem respeita as faixas na rua, ninguem usa o pisca, todo mundo fica se fechando toda hora. Mas uma coisa absolutamente todo mundo usa: Quem manda no transito eh a buzina. Ela eh a maneira de sinalizacao, de reclamacao, de cumprimento, Parece uma lingua de passarinhos que so os motoristas daqui entendem. Mas mesmo com todo esse caos, nao vimos nenhum acidente. Mas os carros aqui sempre tem uma batidinha ou muitas.

Nesse primeiro dia nao vimos muito. Mas no caminho do aeroporto para o hotel ja deu pra sentir o tamanho da pobreza. Eh tudo muito sujo, muito cheio, muito poluido.

A noite, resolvemos dar uma saida e pegamos o metro. O metro eh um oasis de tranquilidade na cidade. Espacoso, relativamente limpo e bem seguro. Com os recentes ataques terroristas, o governo apertou a seguranca nos espacos publicos. Cada estacao tem um detector de metais, e varios guardas em barricadas, caso aconteca algo. Um deles ate ficou nosso amigo. Imaginem a cena. Um soldado, carregando um rifle vem perguntar para o Rodrigo se ele pode fazer-nos algumas perguntas. O Rodrigo fala que sim, claro. Ai ele abre um sorriso e pergunta nosso nome, da onde nos somos, nos da dicas de lugares para conhecer. O nome dele, caso voces queiram saber, eh Amit.

Bom. O Segundo dia em Delhi foi bem puxado. Comecamos por Old Delhi, para ver o Red Fort. Pegamos o metro, e precisariamos andar mais uns 2 km. Meu Deus, acho que foram os 2km mais dificeis que eu ja andei. As ruas sao muito, muitos cheias e a pobreza eh extrema. Tem muita gente andando, fica dificil saber pra onde todo esse povo vai. E parece ter muita gente sem fazer nada tambem, so vendo a vida passar. Quem eh de fora se sente como um alien. Os locais olham pra gente de cima a baixo, sem nenhum constrangimento. Eh tao estranho andar pelas ruas, que a gente fica com medo de tirar fotos. Mas apesar disso tudo, a cidade parece bem segura. Eh impressionante como a nocao de karma e de reincarnacao impacta tanto na conduta diaria das pessoas. Em um lugar assim no Brasil, tenho certeza de que seriamos assaltados ou algo ate pior.

Como o forte estava fechado, tivemos que mudar de planos e seguir para a nova parte de Delhi. Fomos ao Parlamento, a residencia presidencial e ao India Gate, que eh simbolo da cidade. Tivemos a sorte de ver tambem uma guarda presidencial montada em camelos, uma coisa impressionante. Alias, aqui tem policia para todo o lado. Muita, mas muita mesmo. Mas eles nao intimidam muito, todo nos olham curiosos, e alguns ate vem falar com a gente. O povo todo eh muito simpatico.

Mas o grande destaque do dia foi o Humayun’s Tomb. Um mausoleu construido para abrigar o tumulo do Segundo imperador Moghul. Eh uma construcao linda, no estilo do Taj Mahal, com jardins e fontes que transportam voce para um lugar bem mais calmo. De la, nao se ouvem as buzinas e a loucura de Delhi. Parece uma outra cidade.